domingo, abril 30, 2017

Movimentos sociais do PSB pedem processo contra deputados infiéis

Recurso pode resultar na expulsão dos deputados que votaram a favor da Reforma Trabalhista. Grupo também pede a destituição de Tereza Cristina da liderança da sigla na Câmara Federal

Por Folha PE
Líder do PSB na Câmara, Tereza Cristina foi retirada do comando do PSB no Mato Grosso do SulFoto: Reprodução da internet

Os segmentos sociais do PSB (Juventude, LGBT, Sindical, Mulheres e Movimento Popular) divulgaram uma nota conjunta em que defendem a imediata destituição da líder do partido na Câmara Federal Tereza Cristina (MS) e a abertura de processo de administrativo dos deputados que votaram favoravelmente na Reforma Trabalhista, na última quarta-feira (26). Esse processo pode levar à expulsão dos parlamentares.
A possibilidade de o pedido de expulsão feito por parte dos movimentos sociais do partido já vinha sendo cogitado desde a última quinta-feira (27). No PSB, não há a exclusão sumária do deputado que se posicionou contra o partido, como fez o PDT com Carlos Eduardo Cadoca, na semana passada.
Dos seis deputados da bancada do PSB em Pernambuco, três votaram favoravelmente à Reforma Trabalhista e são, consequentemente, passíveis de expulsão: João Fernando Coutinho, Fernando Filho (que é ministro das Minas e Energia) e Marinaldo Rosendo. 
Eles lembram que a Executiva Nacional, “por ampla maioria”, se posicionou pela reprovação das reformas trabalhistas e previdenciárias.
“Porém, menos de 24 horas depois da decisão tomada na sede do partido, a líder do PSB na Câmara, deputada Tereza Cristina - que estava presente à reunião - liberou a bancada do partido para votar contra a deliberação da Executiva Nacional em vários momentos, inclusive seu próprio voto”.
Lembra que os deputados federais foram eleitos pelo PSB e, por isso, “têm a obrigação de prestar contas a sociedade sobre seu desempenho nos respectivos mandatos”.
“Vamos empunhar a bandeira do nosso partido e dizer NÃO a essa decisão da Liderança que não nos representa. Não fugiremos à luta e não descansaremos até que o último deputado federal do PSB esteja convencido que representa o Partido Socialista Brasileiro ou, então, peça pra sair”, destaca o grupo, em trecho da nota.
Veja a íntegra da nota do PSB:
Os segmentos organizados do PSB (Juventude, LGBT, Sindical, Mulheres e Movimento Popular), sempre alertaram o partido quanto ao risco de ocorrências como a que presenciamos agora a pouco. A Executiva Nacional deliberou por ampla maioria o encaminhamento de votar NÃO às votações das reformas trabalhistas e previdenciárias. Porém, menos de 24 horas depois da decisão tomada na sede do partido, a líder do PSB na Câmara, deputada Tereza Cristina - que estava presente à reunião - liberou a bancada do partido para votar contra a deliberação da Executiva Nacional em vários momentos, inclusive seu próprio voto. Esta é uma prova de que, para a deputada, não existe nenhuma discussão que coloque a população em primeiro lugar, e sim a do atendimento a interesses individuais, os quais “desconhecemos”.
Os segmentos já tomaram as devidas providências internas nas instâncias partidárias que instrumentalizam estatutariamente a Executiva Nacional, da qual integramos, como sendo o fórum máximo de deliberações quanto às posições dos nossos parlamentares. Estes deputados foram eleitos pelo Partido Socialista Brasileiro e têm a obrigação de prestar contas a sociedade sobre seu desempenho nos respectivos mandatos, bem como fazer jus a confiança de cada eleitor que acreditou no candidato apresentado pelo PSB nas eleições de 2014.
Vamos empunhar a bandeira do nosso partido e dizer NÃO a essa decisão da Liderança que não nos representa. Não fugiremos à luta e não descansaremos até que o último deputado federal do PSB esteja convencido que representa o Partido Socialista Brasileiro ou, então, peça pra sair.
Com base no artigo 10° do estatuto do PSB, os Segmentos Organizados do PSB solicitam à Executiva Nacional em regime de urgência:
1 – A imediata intervenção e destituição da líder Tereza Cristina da bancada do PSB na Câmara Federal;
2 – Abertura imediata de processo disciplinar administrativo contra os parlamentares que descumpriram as decisão da comissão Executiva Nacional do PSB.
Desde já queremos deixar público o total apoio as sanções já feitas pelo nosso presidente nacional Carlos Siqueira quanto aos deputados e deputadas que não respeitaram o Partido e a população.
Nosso Partido é SOCIALISTA, e continuará sendo. Somos um PARTIDO com 70 anos de lutas pelo BRASIL, sempre em defesa dos trabalhadores e dos que mais precisam.
Tony Siqueira Sechi – Secretário Nacional da JSB
Otávio Oliveira – Secretário do Movimento LGBT
Dora Pires – Secretária Nacional de Mulheres
Jesus Matos – Secretária Nacional do Movimento Popular Socialista
Joilson Cardoso – Secretário Sindical do PSB
Brasília-DF, 29 de Abril de 2017.

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